O catolicismo romano considera que a mãe
de Jesus possui atributos da divindade, por isso lhe atribui os seguintes
títulos: co-redentora, advogada, refúgio dos pecadores, arca de Noé,
medianeira, entre outros.
Entenda - Um dos motivos desse entendimento se deve
a interpretação incorreta do título grego theotókos(mãe
de Deus) conferido a Maria. A referencia em estudo diz: “mãe de Jesus”, que,
no grego, é meter ton lesous. A
Bíblia, em parte alguma, chama Maria de “mãe de Deus”.. o titulo lhe foi
outorgado no Concílio de Éfeso, em 431, d.C.
No grego, theotókos, e no latim, deípara,
era menos assustador do que no português, “mãe de Deus”. Realçava mais a
divindade do Filho do que o privilégio da mãe. Exaltava a pessoa de Jesus,
reafirmando sua divindade(basta verificar nos documentos da Igreja Cristã: O
Ánatemas de Cirilo de Alexandria, que toda ênfase é dada a pessoa de Jesus).
O importante documento, intitulado Tomo de
Leão, declara: “O Senhor tomou da mãe a natureza, não a culpa”. Leão , bispo de
Roma (440-461), acreditava que Maria deu a Jesus a natureza humana e não cria
na imaculada a Concepção de Maria, já que , acertadamente, diz que o Filho não
herdou a culpa da mãe.
Finalmente, temos de considerar, ainda,
que o título theotókos foi aplicado como “mãe de Deus, segundo a humanidade”.
Vejamos a declaração do Concílio de Calcedônia: “Em todas as coisas semelhantes
a nós, excetuando o pecado, gerado, segundo a divindade, antes dos séculos pelo
Pai, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação, gerado da Virgem
Maria, Mãe de Deus[theotókos]. Um só e mesmo Cristo, Filho , Senhor, Unigênito,
que deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis e imutáveis, inseparáveis
e indivisíveis” (Definição de Calcedônia - 451).
Logo, o título conferido a Maria n~mao
tencionava ensinar que, de alguma maneira misteriosa, ela dera a luz á Deus. O
termo fazia parte de um argumento contra a cristologia duvidosa dos
nestorianos. A intenção da mensagem era: “Maria não deu à luz a mero homem”, e
não ensinar que Maria era a origem da natureza divina de Cristo. Assim, Maria
não possui atributos divinos. Os títulos redentor, advogado, refúgio dos
pecadores, Salvador, mediador, entre outros, são exclusivos do Senhor Jesus(14.6;
Mt 1.21; 1jo2.1; Mt 11.28; 1Tm2.5).
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